quarta-feira, 5 de maio de 2010

Professora morre após ajudar cego a atravessar a rua Mesmo em cima da faixa de segurança, Maria Paula Amaral Leal foi atingida por uma motocicleta

Maria Paula Amaral Leal, 43 anos, casada, quatro filhos, professora de Ensino Religioso, morreu porque voltou atrás em seu caminho para ajudar uma pessoa. Morreu porque decidiu fazer o bem.

Na noite de segunda-feira, ao cruzar a pé a Avenida Benjamin Constant, em Porto Alegre, Maria Paula deparou com um cego que aguardava para fazer a travessia no sentido contrário. Ela estava a uns passos da paróquia onde tinha uma reunião referente à catequese de dois de seus filhos, mas deu meia volta. Tomou o deficiente pelo braço e levou-o com segurança até o outro lado. Tarefa cumprida, começou o retorno. Não chegou ao final. Em cima da faixa de segurança, foi atingida por uma motocicleta.

A caminho da Paróquia São João Batista, na zona norte de Porto Alegre, o artesão e diácono Jorge Ricardo Leal, 48 anos, deparou com um corpo no asfalto e um congestionamento que o atrasou por alguns minutos.

Seguiu adiante. Estava indo à igreja para buscar a mulher, a professora Maria Paula Amaral Leal, 43 anos, em uma reunião da catequese de dois dos seus quatro filhos. Percorreu o templo e não a encontrou. Tentou ligar no celular, mas as chamadas não foram atendidas. Questionou o segurança da paróquia, que também não a havia visto. Então a conversa se voltou para o corpo no leito da Avenida Benjamin Constant, a poucos metros de distância. O vigia contou que era de uma mulher, atropelada depois de ajudar um cego a atravessar a rua. Nesse momento, Leal teve certeza:

– É ela. Está sempre querendo ajudar as pessoas – disse.

Leal pôde fazer esse reconhecimento à distância, por sinais de solidariedade, porque essa era a marca que distinguia Paula – e que foi evocada ontem à exaustão pela multidão que foi ao Cemitério da Santa Casa para despedir-se da professora. Havia também muito de indignação na emoção da despedida. Paula morreu sobre uma faixa de segurança, atropelada por uma moto que, segundo relatos, teria ultrapassado o sinal vermelho.

O acidente ocorreu pouco antes das 20h. A professora saiu de casa a pé. Já havia atravessado a Benjamin Constant e estava praticamente na igreja, quando viu o cego. Interrompeu seu caminho, tomou o braço do homem e, voltando para o outro lado da calçada, ajudou-o na travessia. Foi atropelada quando cruzava de novo a avenida, em direção à paróquia, no sentido Centro-bairro.

– Ela era uma pessoa de coração muito bom. Morreu fazendo um gesto de caridade. Não chega de mãos vazias ao Céu – definiu o padre Luís Antônio Larratea, vigário paroquial da São João Batista, que estava no local na hora do acidente.

Nascida em Torres, filha de um pedreiro, Maria Paula mudou-se para a Capital sozinha, na adolescência, para trabalhar como babá e estudar. O desejo de ser freira levou-a aos 15 anos para um convento em Novo Hamburgo, onde concluiu o Magistério e o Noviciado. Mas decidiu ser professora. De volta à Capital, cursou Pedagogia e fez uma pós-graduação em Filosofia.

Maria Paula deu aulas nos colégios São João e Dom Bosco. Seis anos atrás, chegou ao Colégio Marista Rosário, onde lecionava Ensino Religioso da 5ª à 8ª série e também dava aulas de catequese.

– Era apaixonada pelo magistério e um exemplo de educadora. Ensinava solidariedade aos alunos. Ontem à tarde (segunda-feira), eu estava em um encontro de Crisma no Rosário e só falamos dela, porque o assunto eram pessoas solidárias. Ela foi lembrada como o melhor exemplo – contou a amiga e colega Grace Paula, 47 anos.

A morte de Maria Paula provocou um abalo profundo na escola, que cancelou atividades, compareceu em peso ao sepultamento e acolheu uma infinidade de mensagens emocionadas em sua página na internet. Os alunos lembravam uma mestra adorada.

– Era uma conselheira. A gente podia contar sempre com ela, para qualquer coisa. Era muito mais que uma professora, era como uma mãe – descreveu Bruna Grings, 14 anos, aluna de Paula no ano passado.

Um dos projetos tocados pela docente neste ano abriu os olhos de seus alunos de 8ª série. Para abordar a Campanha da Fraternidade, ela teve a ideia de propor aos alunos a gestão do orçamento de uma família que vive com um salário mínimo, R$ 510. Eles tinham de pesquisar preços e estimar os gastos familiares ao longo de um mês. O impacto da experiência pode ser medido pelos depoimentos que alguns deles deram à assessoria de comunicação do Rosário.

– Vimos que é possível sobreviver, mas fazer outras coisas é impossível. Conseguimos ver na prática como nosso estilo de vida é diferente dos trabalhadores – observou Matheus Gehring, de 15 anos.

– Gastamos muito mais em coisas supérfluas. Geralmente, quando eu pedia coisas pra minha mãe, dinheiro para o fim de semana, por exemplo, eu reclamava, achava injusto, mas agora tenho noção do que é sustentar uma casa e pagar contas – afirmou Elisa Corrêa, também de 15 anos.

Da conscientização, Maria Paula passou para a ação. Os alunos vinham juntando donativos para entregar a famílias pobres da Ilha dos Marinheiros, na Capital. A intenção era levar produtos que um salário mínimo não permite comprar e que essas famílias não estão acostumadas a ter na mesa, como chocolates, balas, iogurtes e sorvete. Hoje Maria Paula iria com alguns alunos à ilha, para entregar as primeiras cestas.

Crescem os óbitos em 2010

Diante de um quadro de aumento vertiginoso dos óbitos nas ruas e estradas do Rio Grande do Sul, que seguindo a tendência atual pode render um terço a mais de vítimas neste ano, mortes como a da professora Maria Paula Leal estão virando gotas em um oceano. Transformaram-se quase em rotina.

Nas estradas estaduais, já são 208 vítimas em 2010. Se o ritmo se mantiver, chegarão a 612 até o final do ano – contra 385 em 2009. A situação nas rodovias federais não é muito diferente: 167 óbitos até 26 de abril, o que dá uma projeção de 525 para o ano, contra 379 no ano passado. Considerando também as vias da Capital, a tendência é de que as mortes em 2010 aumentem 34,5% em comparação com 2009.

A tragédia da professora também lança luz sobre a letalidade das motocicletas em Porto Alegre. Elas são 80 mil na cidade, equivalendo a 11% da frota. Apesar disso, estão envolvidas em 30% dos acidentes com mortes. Em 2000, o índice era de 19,8%.

No ano passado, foram 4.573 acidentes com motos na cidade, um recorde, que deve ser batido em 2010: eles chegaram a 1.208 de janeiro a março. São 517 mortos em acidentes envolvendo motociclistas entre 2000 a março passado, na Capital.

– Um dos motivos são as telentregas. Quem trabalha nisso está exposto a horários apertados e muito estresse, além de não receber uma formação específica para a profissão. Outro fator é o motociclista ficar muito exposto. A moto oferece muito menos equipamentos de segurança do que um automóvel – diz Vanderlei Cappellari, diretor de trânsito da Empresa Pública de Transporte e Circulação.

A morte da professora entrará também em uma categoria estatística que chega a responder por metade das mortes no trânsito de Porto Alegre: a dos atropelamentos. Eles representaram 51% das vítimas em 2008 e 47% em 2009. Neste ano, até março, eram 41%.





ZERO HORA

Inter espera 34 mil pessoas em jogo no horário do rush

Previsão indica tempo seco e temperatura agradável
O Inter espera casa cheia, mas não lotada, para o jogo decisivo contra o Banfield, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, às 19h30min de quinta-feira. Até as 11h desta quarta, 7.852 ingressos haviam sido vendidos, segundo o diretor de Administração, Alexandre Limeira.

Restam, portanto, aproximadamente 7 mil dos 15 mil bilhetes que foram colocados à venda. Todos os setores do estádio têm lugares à disposição. Baseado no ritmo das vendas, Limeira projeta um público de 34 mil pessoas. Se o tempo continuar firme, ressalva.

De acordo com o meteorologista Cléo Kuhn, a chuva deve chegar a Porto Alegre depois das 22h. Portanto, a previsão é de tempo seco com temperatura em torno dos 20ºC. O amanhecer de quinta-feira terá nevoeiro, depois haverá sol com nuvens e temperatura de até 22ºC, com chuva só no fim da noite.

Portanto, muitos torcedores devem comprar ingressos durante o dia e até na hora do jogo.

Fonte: Zero Hora

Para evitar sustos, Grêmio vai atacar o Fluminense




Técnico Silas considera Douglas o terceiro atacante tricolor

A ordem no Estádio Olímpico é evitar sustos semelhantes aos da derrota por 1 a 0 no Gre-Nal 381, que deu ao Grêmio o título gaúcho neste domingo. Por isso, apesar da vantagem em casa, o técnico Silas vai escalar um time ofensivo na partida contra o Fluminense, marcada para as 21h50min desta quarta no Estádio Olímpico, que vale vaga nas semifinais da Copa do Brasil.

– Também estaremos com três atacantes. O Douglas é atacante. Ele fez dois gols lá – diz o técnico do Grêmio, que espera um Fluminense não tão ofensivo. – Ele (Muricy Ramalho, técnico do Flu) sabe que, se sair atrás, fica muito difícil pelo placar agregado.

Além de jogar em casa, o Grêmio entra com ampla vantagem na disputa por uma vaga para enfrentar Santos ou Atlético-MG. Venceu o primeiro jogo por 3 a 2, e agora pode até perder por 1 a 0 ou 2 a 1. Se o clube carioca devolver o placar do Maracanã, a disputa vai para as cobranças de pênalti. Qualquer outro placar favorável ao Fluminense elimina o tricolor gaúcho.

Para defender a vantagem, o Grêmio terá três desfalques: o lateral Edilson, o zagueiro Rodrigo e o volante Willian Magrão. O time foi definido em um treino fechado nesta terça. A tendência é que Mário Fernandes atue na zaga e Joílson fique no lado direito. Fábio Rochemback deve ocupar a parte defensiva do meio-campo ao lado de Adílson.

O Fluminense terá três atacantes de ofício. Wellington Silva será o mais recuado, ajudando o argentino Conca na armação das jogadas. Adeílson e o centroavante André Lima, substituto de Fred, completam o setor ofensivo.

O desfalque de Muricy Ramalho é o lateral-direito Mariano, que será substituído por Thiaguinho. No lado esquerdo, Marquinhos tomou a posição de Júlio César. O treinador aposta em Conca, que joga pela primeira vez sob seu comando.

– Precisamos fazer um jogo inteligente. As bolas paradas serão importantes. Precisamos ter concentração e aproveitá-las. Vamos enfrentar um time muito forte, mas faremos um grande jogo – afirma o argentino.

GRÊMIO

FLUMINENSE

Victor; Joilson, Mário Fernandes, Ozeia e Neuton; Adilson, Fábio Rochemback, Leandro e Douglas; Jonas e Borges.

Rafael; Thiaguinho, Gum, Digão e Marquinho; Diguinho, Everton e Conca; Wellington Silva, André Lima e Adeílson

Técnico: Silas

Técnico: Muricy Ramalho

Fonte: Zero Hora

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Preservando o Meio Ambiente

O que VOCÊ pode fazer para preservar o meio ambiente:

A decisão de proteger os ambientes naturais e controlar a poluição não está apenas nas mãos dos políticos e grandes industriais. Está sobretudo na rotina diária de cada cidadão comum do planeta. Abaixo, as atitudes que você pode tomar, seguindo o lema: "Pense globalmente, aja localmente".
Reduza desperdícios de toda ordem. Quando mais recursos são desperdiçados, tanto a mais é preciso tirar do meio ambiente.
Evite o consumo desnecessário de energia. Não há produção de energia sem impacto ambiental. Compre eletrodomésticos e lâmpadas eficientes, mantenha seus aparelhos sem vazamentos, não deixe luzes acesas. Opte por residências com boa iluminação natural, use aquecimento solar.
Reduza o uso de veículos, sobretudo em dias de inversão térmica. Pelo menos uma vez por semana, deixe seu carro em casa.
Recicle seu lixo. Separe papéis, garrafas, vidros, plásticos e latas. entregue a sucateiros. A reciclagem diminui a demanda por matérias-primas virgens e reduz o consumo de energia.
Evite os descartáveis. Embalagens de espuma, frascos one-way, latas de cerveja e plástico são materiais difíceis de degradar no ambiente. Também provocam poluição atmosférica, quando queimados.
Reduza o consumo de água. A água encanada demanda energia e tratamento para chegar até sua casa. Evite vazamentos e desperdícios.
Boicote produtos que causam impacto ambiental, como spray com CFC.
Boicote alimentos e mercadorias que implicam na morte de animais selvagens ou dano à flora: palmito silvestres, xaxins, orquídeas, atum, tartaruga (carne, ovos e subprodutos do casco), colares de coral, casacos de pele, bolsas e cintos de jacaré, peças de marfim.
Não compre animais silvestres para criar em casa. Não estimule o comércio ilegal da fauna. Micos, macacos, onças, tucanos, araras, papagaios, tartarugas, peixes ornamentais fazem falta na natureza. Tenha mascotes nascidos e criados em cativeiro.
Não jogue lixo na natureza ou nas ruas das cidades. Não deixe um rastro de sujeira por onde passa.
Use corretamente produtos químicos, pesticidas, substâncias tóxicas. Verifique a destinação adequada dos restos. Não contamine o lixo e o esgoto de sua cidade.
Proteja parques, áreas verdes, praias, rios e mares. Não compre lotes irregulares no litoral. Não construa sobre o mangue.


Outra maneira de preservar o meio ambiente é reduzindo, reutilizando e reciclando o lixo.

LIXO: REDUZIR, REUTILIZAR e RECICLAR
Você sabia que grande parte do nosso lixo pode ser reaproveitado, reduzido ou reciclado? Comece por observar o que você joga fora todos os dias. Veja a seguir como diminuir este lixo.

Reduzindo o lixo
Evite levar para casa embalagens plásticas e de papel que não serão novamente utilizados;
Evite comprar alimentos com embalagens desnecessárias;
Prefira, sempre que for possível, produtos com vasilhame reaproveitável;
Escreva nos dois lados do papel e use, sempre que puder, produtos feitos com papel reciclado;
Não jogue lixo no chão;
Evite desperdício.


Reaproveitando o lixo
Jornais e papéis velhos podem ser vendidos ou doados aos catadores de papel que percorrem as ruas da sua cidade;
Compre sempre que possível bebidas com embalagens de vidros retornáveis e quando puder leve os vidros usados a um coletor de garrafas;
Procure reaproveitar melhor os legumes e frutas usando novas receitas, diminuindo assim as sobras que vão para o lixo;
Roupas, brinquedos, livros e jogos que você não usa mais podem ser reaproveitados por outros, portanto, não os jogue fora, doe a instituições e bazares de caridade;
Latas e peças de metais sem utilização devem ser vendidas para os catadores ou ferro velho existentes na cidade.


Reciclando o lixo
A indústria da reciclagem cuida de transformar componentes do lixo como o vidro, papel, metal e plástico em matéria-prima, para novos produtos.

"Reciclando, preservamos a qualidade da nossa vida e evitamos a formação de lixões; sendo que ao reaproveitarmos o lixo estamos contribuindo para a utilização mais adequada dos recursos naturais."


O que devemos fazer para tornar a reciclagem viável para todos?
Reduzir a quantidade do lixo produzido;
Proceder ao acondicionamento seletivo do lixo.
O acondicionamento seletivo do lixo consiste na separação de materiais que podem ser reutilizados ou reciclados.


Por que é importante reciclar?
Diminui a exploração de recursos naturais e o consumo de energia;
Melhora a limpeza da cidade e a qualidade de vida da população;
Contribui para diminuir a poluição do solo, da água e do ar;
Prolonga a vida útil de aterros sanitários e melhora a produção de composto orgânico;
Gera emprego para a população não qualificada;
Gera receita pela comercialização dos recicláveis;
Contribui para formar uma consciência ecológica e para valorização da limpeza urbana.


Reciclagem de Papel
Separe:
Jornais, revistas, embalagens, caixas, formulários, cadernos, etc.
A cada 50 quilos de papel reciclado estamos evitando que uma árvore seja cortada. O papel pode ser reciclado várias vezes, dependendo do tamanho de suas fibras.

Reciclagem de Vidro
Separe:
Vasilhame nas cores: âmbar, verde ou transparente (garrafas, copos, cacos de vidro).
Um quilo de vidro usado transforma-se em um quilo de vidro novo. Não há perda de matéria-prima, praticamente não produz resíduo e economiza 30% de energia elétrica.

Reciclagem de Metal
Separe:
Latas, fios, pregos, grampos, arames, panelas, alumínios, talheres, cobre, etc.
Cada tonelada de alumínio reciclado economiza a retirada de cinco toneladas de minério bauxita e 95% de energia elétrica.

Reciclagem de Plástico
Separe:
Plástico filme (mole), plástico duro.
A reciclagem do plástico economiza produtos derivados de petróleo. Os plásticos serão transformados, em sua maioria, em produtos como engradados, tubulações para esgoto, sacos de plástico, sacolas, baldes, etc.

Matéria Orgânica
Separe:
Restos de comida, folhagens, produtos de poda, bagaço, palhas, cascas de frutas, ovos e verduras.
Esses materiais podem ser levados às usinas de compostagem, onde serão transformados em adubo orgânico.


Compostagem do lixo
A compostagem do lixo é a produção do adubo orgânico a partir do lixão não reciclável e, sempre que possível, deverá estar associada a um processo de recuperação dos subprodutos recicláveis do lixo.
A reciclagem de materiais encontrados no lixo é de grande importância sobre o aspecto ambiental, sanitário, social, econômico, pedagógico e político.
A coleta seletiva, o reaproveitamento, a redução e a reciclagem do lixo são soluções mais adequadas para se resolver o grave problema do lixo no planeta. A participação de cada um e da comunidade é a base para solução do problema. Separar o lixo não é uma tarefa difícil, requer apenas mudança de hábito e um pouco de boa vontade.

Alguns materiais não são recicláveis, como lâmpadas, cristais, louças, celofane, porcelana, pneus, espumas, isopor, papel laminado, papel carbono, fralda descartável e absorvente higiênico, filtro de ar de veículos, papel higiênico, retalho de tecido e carpete.

Aquecimento Global

O aquecimento global
O Aquecimento global é um fenômeno climático de larga extensão—um aumento da temperatura média superficial global que vem acontecendo nos últimos 150 anos. Entretanto, o significado deste aumento de temperatura ainda é objecto de muitos debates entre os cientistas. Causas naturais ou antropogênicas (provocadas pelo homem) têm sido propostas para explicar o fenômeno.
Grande parte da comunidade científica acredita que o aumento de concentração de poluentes antropogênicos na atmosfera é causa do efeito estufa. A Terra recebe radiação emitida pelo Sol e devolve grande parte dela para o espaço através de radiação de calor. Os poluentes atmosféricos estão retendo uma parte dessa radiação que seria refletida para o espaço, em condições normais. Essa parte retida causa um importante aumento do aquecimento global.
A principal evidência do aquecimento global vem das medidas de temperatura de estações metereológicas em todo o globo desde 1860. Os dados com a correção dos efeitos de "ilhas urbanas" mostra que o aumento médio da temperatura foi de 0.6+-0.2 C durante o século XX. Os maiores aumentos foram em dois períodos: 1910 a 1945 e 1976 a 2000. (fonte IPCC).
Evidências secundárias são obtidas através da observação das variações da cobertura de neve das montanhas e de áreas geladas, do aumento do nível global dos mares, do aumento das precipitações, da cobertura de nuvens, do El Niño e outros eventos extremos de mau tempo durante o século XX.
Por exemplo, dados de satélite mostram uma diminuição de 10% na área que é coberta por neve desde os anos 60. A área da cobertura de gelo no hemisfério norte na primavera e verão também diminuiu em cerca de 10% a 15% desde 1950 e houve retração das montanhas geladas em regiões não polares durante todo o século XX.(Fonte: IPCC).
Causas
Mudanças climáticas ocorrem devido a factores internos e externos. Factores internos são aqueles associados à complexidade derivada do facto dos sistemas climáticos serem sistemas caóticos não lineares. Fatores externos podem ser naturais ou antropogênicos.
O principal factor externo natural é a variabilidade da radiação solar, que depende dos ciclos solares e do facto de que a temperatura interna do sol vem aumentando. Fatores antropogênicos são aqueles da influência humana levando ao efeito estufa, o principal dos quais é a emissão de sulfatos que sobem até a estratosfera causando depleção da camada de ozônio (fonte:IPCC)
Cientistas concordam que factores internos e externos naturais podem ocasionar mudanças climáticas significativas. No último milénio dois importantes períodos de variação de temperatura ocorreram: um período quente conhecido como Período Medieval Quente e um frio conhecido como Pequena Idade do Gelo. A variação de temperatura desses períodos tem magnitude similar ao do atual aquecimento e acredita-se terem sido causados por fatores internos e externos somente. A Pequena Idade do Gelo é atribuída à redução da atividade solar e alguns cientistas concordam que o aquecimento terrestre observado desde 1860 é uma reversão natural da Pequena Idade do Gelo ( Fonte: The Skeptical Environmentalist).
Entretanto grandes quantidades de gases tem sido emitidos para a atmosfera desde que começou a revolução industrial, a partir de 1750 as emissões de dióxido de carbono aumentaram 31%, metano 151%, óxido de nitrogênio 17% e ozônio troposférico 36% (Fonte IPCC).
A maior parte destes gases são produzidos pela queima de combustíveis fósseis. Os cientistas pensam que a redução das áreas de florestas tropicais tem contribuído, assim como as florestas antigas, para o aumento do carbono. No entanto florestas novas nos Estados Unidos e na Rússia contribuem para absorver dióxido de carbono e desde 1990 a quantidade de carbono absorvido é maior que a quantidade liberada no desflorestamento. Nem todo dióxido de carbono emitido para a atmosfera se acumula nela, metade é absorvido pelos mares e florestas.
A real importância de cada causa proposta pode somente ser estabelecida pela quantificação exacta de cada factor envolvido. Factores internos e externos podem ser quantificados pela análise de simulações baseadas nos melhores modelos climáticos.
A influência de fatores externos pode ser comparada usando conceitos de força radiotiva. Uma força radiotiva positiva esquenta o planeta e uma negativa o esfria. Emissões antropogênicas de gases, depleção do ozônio estratosférico e radiação solar tem força radioativa positiva e aerosóis tem o seu uso como força radiotiva negativa.(fonte IPCC).
Modelos climáticos
Simulações climáticas mostram que o aquecimento ocorrido de 1910 até 1945 podem ser explicado somente por forças internas e naturais (variação da radiação solar) mas o aquecimento ocorrido de 1976 a 2000 necessita da emissão de gases antropogênicos causadores do efeito estufa para ser explicado. A maioria da comunidade científica está actualmente convencida de que uma proporção significativa do aquecimento global observado é causado pela emissão de gases causadores do efeito estufa emitidos pela actividade humana. (Fonte IPC)
Esta conclusão depende da exactidão dos modelos usados e da estimativa correcta dos factores externos. A maioria dos cientistas concorda que importantes características climáticas estejam sendo incorrectamente incorporadas nos modelos climáticos, mas eles também pensam que modelos melhores não mudariam a conclusão. (Source: IPCC)
Os críticos dizem que há falhas nos modelos e que factores externos não levados em consideração poderiam alterar as conclusões acima. Os críticos dizem que simulações climáticas são incapazes de modelar os efeitos resfriadores das partículas, ajustar a retroalimentação do vapor de água e levar em conta o papel das nuvens. Críticos também mostram que o Sol pode ter uma maior cota de responsabilidade no aquecimento global actualmente observado do que o aceite pela maioria da comunidade científica. Alguns efeitos solares indirectos podem ser muito importantes e não são levados em conta pelos modelos. Assim, a parte do aquecimento global causado pela acção humana poderia ser menor do que se pensa actualmente. (Fonte: The Skeptical Environmentalist)
Efeitos
Devido aos efeitos potenciais sobre a saúde humana, economia e meio ambiente o aquecimento global tem sido fonte de grande preocupação. Algumas importantes mudanças ambientais tem sido observadas e foram ligadas ao aquecimento global. Os exemplos de evidências secundárias citadas abaixo (diminuição da cobertura de gelo, aumento do nível do mar, mudanças dos padrões climáticos) são exemplos das consequências do aquecimento global que podem influenciar não somente as actividades humanas mas também os ecosistemas. Aumento da temperatura global permite que um ecosistema mude; algumas espécies podem ser forçadas a sair dos seus habitats (possibilidade de extinção) devido a mudanças nas condições enquanto outras podem espalhar-se, invadindo outros ecossistemas.
Entretanto, o aquecimento global também pode ter efeitos positivos, uma vez que aumentos de temperaturas e aumento de concentrações de CO2 podem aprimorar a produtividade do ecosistema. Observações de satélites mostram que a produtividade do hemisfério Norte aumentou desde 1982. Por outro lado é fato de que o total da quantidade de biomassa produzida não é necessáriamente muito boa, uma vez que a biodiversidade pode no silêncio diminuir ainda mais um pequeno número de espécie que esteja florescendo.
Uma outra causa grande preocupação é o aumento do nível do mar. O nível dos mares está aumentando em 0.01 a 0.02 metros por década e em alguns países insulares no Oceano Pacífico são expressivamente preocupantes, porque cedo eles estarão debaixo de água. O aquecimento global provoca subida dos mares principalmente por causa da expansão térmica da água dos oceanos, mas alguns cientistas estão preocupados que no futuro, a camada de gelo polar e os glaciares derretam. Em consequência haverá aumento do nível, em muitos metros. No momento, os cientistas não esperam um maior derretimento nos próximos 100 anos. (Fontes: IPCC para os dados e as publicações da grande imprensa para as percepções gerais de que as mudanças climáticas).
Como o clima fica mais quente, a evaporação aumenta. Isto provoca pesados aguaceiros e mais erosão. Muitas pessoas pensam que isto poderá causar resultados mais extremos no clima como progressivo aquecimento global.
O aquecimento global também pode apresentar efeitos menos óbvios. A Corrente do Atlântico Norte,por exemplo, provocada por diferenças entre a temperatura entre os mares. Aparentemente ela está diminuindo conforme as médias da temperatura global aumentam, isso significa que áreas como a Escandinávia e a Inglaterra que são aquecidas pela corrente devem apresentar climas mais frios a despeito do aumento do calor global.
Painel Intergovernamental sobre as Mudanças do Clima (IPCC)
Como este é um tema de grande importância, os govenos precisam de previsões de tendências futuras das mudanças globais de forma que possam tomar decisões políticas que evitem impactos indesejáveis. O aquecimento global está sendo estudado pelo Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC). O último relatório do IPCC faz algumas previsões a respeito das mudanças climáticas. Tais previsões são a base para os actuais debates políticos e científicos.
As previsões do IPCC baseiam-se nos mesmos modelos utilizados para estabelecer a importância de diferentes factores no aquecimento global. Tais modelos alimentam-se dos dados sobre emissões antropogênicas dos gases causadores de efeito estufa e de aerosóis, gerados a partir de 35 cenários distintos, que variam entre pessimistas e optimistas. As previsões do aquecimento global dependem do tipo de cenário levado em consideração, nenhum dos quais leva em consideração qualquer medida para evitar o aquecimento global.
O último relatório do IPCC projecta um aumento médio de temperatura superficial do planeta entre 1,4 e 5,8º C entre 1990 a 2100. O nível do mar deve subir de 0,1 a 0,9 metros nesse mesmo período.
Apesar das previsões do IPCC serem consideradas as melhores disponíveis, elas são o centro de uma grande controvérsia científica. O IPCC admite a necessidade do desenvolvimento de melhores modelos analíticos e compreensão científica dos fenômenos climáticos, assim como a existência de incertezas no campo. Críticos apontam para o facto de que os dados disponíveis não são suficientes para determinar a importância real dos gases causadores do efeito estufa nas mudanças climáticas. A sensibilidade do clima aos gases estufa estaria sendo sobrestimada enquanto fatores externos subestimados.
Por outro lado, o IPCC não atribui qualquer probabilidade aos cenários em que suas previsões são baseadas. Segundo os críticos isso leva a distorções dos resultados finais, pois os cenários que predizem maiores impactos seriam menos passíveis de concretização por contradizerem as bases do racionalismo económico.
Convenção-Quadro Sobre Mudanças Climáticas e o Protocolo de Kioto
Mesmo havendo dúvidas sobre sua importância e causas, o aquecimento global é percebido pelo grande público e por diversos líderes políticos como uma ameaça potencial. Por se tratar de um cenário semelhante ao da tragédia dos comuns, apenas acordos internacionais seriam capazes de propôr uma política de redução nas emissões de gases estufa que, de outra forma, os países evitariam implementar de forma unilateral. Do Protocolo de Kioto a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas foram ratificadas por todos os países industrializados que concordaram em reduzir suas emissões abaixo do nível registrado em 1990. Ficou acertado que os países em desenvolvimento ficariam isentos do acordo. Contudo, President Bush, presidente dos os Estados Unidos — país responsável por cerca de um terço das emissões mundiais, decidiu manter o seu país fora do acordo. Essa decisão provocou uma acalorada controvérsia ao redor do mundo, com profundas ramificações políticas e ideológicas.
Para avaliar a eficácia do Protocolo de Kioto, é necessário comparar o aquecimento global com e sem o acordo. Diversos autores independentes concordam que o impacto do protocolo no fenômeno é pequeno (uma redução de 0,15 num aquecimento de 2ºC em 2100). Mesmo alguns defensores de Kioto concordam que seu impacto é reduzido, mas o vêem como um primeiro passo com mais significado político que prático, para futuras reduções. No momento, é necessária uma analise feita pelo IPCC para resolver essa questão.
O Protocolo de Kioto também pode ser avaliado comparando-se ganhos e custos. Diferentes análises econômicas mostram que o Protocolo de Kioto pode ser mais dispendioso do que o aquecimento global que procura evitar. Contudo, os defensores da proposta argumentam que enquanto os cortes iniciais dos gases estufa têm pouco impacto, eles criam um precedente para cortes maiores no futuro.
Fonte: www.jornaldomeioambiente.com.br

Gripe A: RS atinge meta de vacinação em crianças, profissionais da saúde e doentes crônicos

Já foram vacinadas 2.584.572 pessoas no Estado
O Rio Grande do Sul atingiu a meta de vacinação contra a gripe A (H1N1) em crianças, profissionais da saúde e doentes crônicos. No total, já foram vacinadas 2.584.572 pessoas no Estado, de acordo com dados da secretária da Saúde atualizados às 11h.

Confira o detalhamento das imunizações:

– 152.997 profissionais da área da saúde

– 17.553 indígenas aldeados

– 80.122 gestantes

– 330.171 crianças de seis meses a menores de dois anos

– 1.168.745 adultos de 20 a 29 anos

– 156.489 adultos de 30 a 39 anos

– 258.131 portadores de doenças crônicas com 60 anos e mais

– 687.330 portadores de doenças crônicas com menos de 60 anos



ZEROHORA.COM

Começando uma história

Aqui começa minha história...



Bom vou contar um pouco da minha história, pode ser que para algumas pessoas não vá importar mais para muitas é um incentivo para superar todas as barras da vida...

Meus pais ao saberem da minha doença que na época não era muito comum (hidrocefalia e mielomeningocele)e que meu prontuário médico era que eu ia ser vegetativo ficaram muito preocupados com a situação por uma luz divina o pai consegue um emprego no Bamerindus ele ganhava plano de saúde, salário bom, os meus pais passaram a minha guarda para o Vô que era da brigada e também tinha plano de sáude Ipê e ai a mãe fez todos os procedimentos normais de gravidez, e um certo dia o doutor sugeriu que ela me tirasse, o meu pai e a mãe optaram por me ter. Com 2h de vida passei por uma cirurgia para fechar a espinha e fazer a colocação de uma válvula para drenar o liquido da espinha, houve rejeição do meu organismo em relação a Válvula troquei, com dois anos de vida ela intupiu com uma carne esponjosa que criou no final dela, novamente passei por uma cirurgia para a retirada desta carne. No decorrer da minha vida fui fazendo muitos procedimentos para tentar indireitar os pés que eram para trás... e depois de tanta luta e correria estou ai cheio de saúde, caminho, namoro, trabalho, jogo bola ... tenho uma vida normal como qualquer um.

"Nunca reclame da vida, pois, sempre terá um que estará pior que você, jamais se de por vencido"